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Assisti Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo, filme do gênero de ficção/aventura e digo que pulei da cadeira ao ritmo frenético dessa obra de 2 horas de duração, que por mais que tenha caído na modinha de "multiversos" e aqui faço referência direta ao movimento que ganhou destaque, principalmente guiada pelas obras da Marvel, Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo foi feito com um roteiro de respeito, dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheinert, que me fez sentir o casamento do roteiro com a temática de multiversos...
O filme não renuncia os conflitos e dramas familiares, como o da mãe e a filha que protagonizam a trama, e essa relação é constantemente submetida a testes e se entrelaça as diversas variáveis. O filme é apresentado sob a perspectiva de uma imigrante que é dona de uma lavanderia, que presta cuidados ao seu pai doentio, não aceita a sexualidade de sua filha, está a beira de um divórcio com marido, tudo isso enquanto arrisca ser deportada para seu país ou ser presa pela receita federal. Não bastante, mais tarde é a escolhida para salvar todos universos.
A separação do filme em partes e o cuidado com o desenvolvimento, torna o contexto acessível enquanto mantém o mistério de como as coisas funcionam, as lutas marciais incorporam a magia do cinema, chega a ser resplendoroso os movimentos, como se estivessem em uma espécie de dança da morte, os efeitos visuais, cortes e takes de câmera, brilham.
Sobre o alívio cômico, fica por conta dos objetos e itens com formatos estranhos(explicitamente apelativos) que entram em cena de maneiras mais bizarras ou impossivelmente naturais, mas trocando de âncora, outro destaque é para uma das melhores cenas que é o universo onde as protagonistas adotam formas de pedras, mantendo um diálogo reflexivo e até filosófico, atravessando a linha do absurdo (risos).
A viagem entre multiversos acontece de uma forma muito interessante que é a de um indivíduo se conectar único e exclusivamente a sua variante de outro universo, assim a única forma possível de existirem várias versões de uma pessoa é elas estando cada uma ao universo em que pertencem, na prática não ocorre uma viagem física entre dimensões e sim um compartilhamento sensorial, empírico e telecinético, mantendo a personalidade de todas as variantes, enquanto permite que compartilhem experiências ou habilidades entre si, há um cuidado do filme em mostrar que não só o conhecimento mas os sentimentos também são vivenciados, causando orgulho ou frustração dependendo de quem a vivência, realmente é Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo, o filme traz consigo a mensagem de que viver tudo em simultâneo pode trazer prejuízos, como o de questionar o propósito da sua própria existência.
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