Eu Me Importo: Apenas com o dinheiro!

  


 



 "Eu Me Importo" filme lançado em 2020, do gênero mistério/comédia com uma duração máxima de 1 h e 58 minutos, tempo necessário para que muito marmanjo tenha sua atenção apreendida temporariamente, com uma classificação indicativa de 16 anos o filme escancara a porta para o mundo do crime, por nisso nada de reproduzir o mau-caratismo crianças. 

No enredo, Marla Grayson, uma confiável guardiã legal (pelo menos aos olhos do júri), obriga, digo informa a idosos que eles entraram em um sistema de curadoria, explicando rapidamente; após forjar evidencias de incapacidade, ela aplica um golpe conjunto e bem estruturado de interdição onde engana a justiça, que dá aval legal para sua atuação de estelionatária, "o golpe tá aí! Caí quem que e não quer também, porque uma coisa não tem nada a ver com a outra"...


Se você acredita que já leu o suficiente até aqui, saiba que  mais está por vir,  a cuidadora aprisiona suas vítimas, sendo todos idosos, em asilos ou em instituições psiquiátricas, o quadro acima da imagem é um mapa de todas suas vítimas, enquanto isso, se passa por uma boa mulher, altruísta e íntegra para sociedade, a indignação do espectador tá! Garantida ao dar o "play".


Confesso que fiquei horrorizado durante o filme todo, seja pela facilidade e coincidência como todo ocorre ou pelo nível de absurdo gerado pelos contextos, o que gera com certeza um ambiente previsível de quais rumos a trama tomará, mas não pense que o filme é ruim, longe disso, achei a história simples com um contexto exagerado, mas com simples não me refiro a comum, felizmente a obra conseguiu entregar sua identidade, não me lembro de ter visto uma obra similar e isso claro, é bom. 


O problema aqui é que o exagero pode e cria uma sinergia com a artificialidade, é ficção, mas precisava ser tanto? A senhora Grayson sofrerá ataques e será exposta a inúmeras vezes ao perigo, mas sua resistência e capacidade de lidar com adversidades das piores possíveis, não soa como algo natural, seria legal se o filme tivesse uma comédia bem desenvolvida, mas não é esse o caso, ficou parecendo filme de super-herói, onde a vilã é invencível. 

 

É interessante como adotar posições extremas e exageradas, delimita bem alguns estereótipos, "Eu Me Importo" traz uma crítica social direta ao capitalismo, há personagens que sucumbem aos desejos por poder e passam por cima daquilo que talvez fosse o mais valioso, as deturpações de valores e princípios trazem a tona a capacidade de subjugar a obsessão daquilo que mais se odeia pelo que mais deseja, 


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