41. Relato Sobrenatural - Encurralados três noites por um lobisomem

Fonte: João Batista Paiva Poemas

Esse relato sobrenatural, foi enviado por uma leitora aqui do ‘blog’ chamada Katia que tem 45 anos  que nos conta uma história de uma criatura que assolava a  casa de sua família.

"Meu nome é Katia, moro em uma pequena cidade no interior de Minas Gerais chamada Monte Azul, na época do ocorrido eu tinha 18 anos, não é a primeira vez que eu presencio algo sobrenatural, bem, mas voltando a história, na época morávamos de aluguel em um bairro novo de subúrbio, com poucos moradores e região de mata, mudou-se minha  família para essa pequena casa, eram eu, minha mãe, meus seis irmãos homens e minhas duas filhas, uma delas, era recém-nascida.

Fonte: Clube Brasileiro de Trens Fantasmas

Certo dia, quando estávamos no período de quaresma,  algo começou a arranhar a porta com insistência, minha mãe supôs ser um cachorro querendo entrar, ao passar o tempo o som de rosnados e uivos ia ficando cada vez mais forte, na primeira noite arranhou a porta.

Na segunda noite fez urinou na porta, de fora para dentro, com a nossa porta fechada, enquanto a urina fedida escorria para dentro de casa, talvez em tentativa de fazer com que minha mãe abrisse a porta, ou demarcar território, mas ao invés disso, ela jogou água e empurrou para fora com o rodo.

Enquanto, isso ouvíamos rosnados,  algo que se assemelhava a um cachorro grande,  o cheiro também era horrível era muito específico: odor de animal misturado com podridão, ao olhar pela fenda da porta minha mãe constatou que a criatura era enorme para ser um cachorro, embora parecesse com um. A suposição que tínhamos  era de que se tratava de um lobisomem. 

Fonte: São Carlos Em Rede

Nossos vizinhos atentos, haviam percebido haver algo errado, começaram a aparecer muita criação morta, cachorros sangrando, galinhas, bodes, cavalos, começou a aparecer muitos casos de animais violentamente machucados. 

Algo estranho é que  mais cedo,  passava um homem assoviando próximo a nossa casa, daí os cachorros saiam atrás desse homem latindo, quando era mais tarde (noite) voltava, mas daí já não era "gente", era o bicho.

Na terceira noite, novamente fomos atormentados pela criatura,  que de forma agressiva, tentava entrar na nossa casa, ficamos com tanto medo... Os cachorros latiam muito, acreditávamos que aquela coisa queria pegar minha bebê com alguns dias de nascida,  como em casa tinha muita criança, penso que o cheiro talvez era forte o bastante para o atrair, cheguei até a despedir da minha família, pois julguei que não passaríamos daquela noite, os homens que moravam pelas redondezas saíram de suas casas com foices, espingardas e até ferramentas de trabalho, com objetivo de sair a procura desse monstro.

Minha mãe estava ansiosa para o amanhecer,  no dia seguinte quando abriu a porta visualizou uma orelha enorme que estava cortada, com certeza digo que aquela não era orelha de vaca, porco, cachorro ou de qualquer animal que conhecíamos, era pontiaguda e cabeluda com cabelo humano.

Fonte: Toda Matéria 

Eu estava tão nervosa, só queria que aquele tormento acabasse, suponho que aquela orelha tenha sido arrancada durante o momento em que os homens estavam na caça da criatura, nem prestei atenção no que minha mãe teria feito com a orelha daquela coisa, provavelmente devem ter a enterrado. 

No final não ficamos com provas, apenas com traumas, sei que deveríamos ter chamado as autoridades, mas naquela época as pessoas eram muito supersticiosas e ficavam com medo de serem tidas como loucas, mas passamos exatamente três noites sem conseguir dormir.

Depois dessa experiência traumática, eu e minha família, não ficamos lá para a próxima quaresma, nos mudamos da casa."

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