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Olá pessoal, o Relato Sobrenatural que lhes conto é um relato enviado por uma leitora aqui do "blog", que pediu para se manter anônima, nesse caso utilizarei nomes fictícios.
O relato
"Meu nome é Margarida, durante minha infância, me lembro de que na casa da minha avó, todos sentávamos envolta da fogueira para economizar o querosene, naquele tempo utilizávamos lamparinas para iluminar as noites escuras, principalmente quando não se tinha lua cheia.
Ai era tradição, jantávamos, fazíamos uma fogueira no quintal e ali sentava toda a nossa família, contando histórias até ficarmos com sono, dormíamos cedo...
Era cerca de 1980, eu ainda criança suponho que com uns 7 anos, minha avó tinha algo como uns 60.
Ela nos contou um caso, que no passado quando ainda era adolescente, teria conhecido uma mulher que morava próximo a sua casa e que diariamente durante a noite essa mulher resolvia tomar banho, ai colocava uma bacia no quarto e fechava a porta e que durante o período de quaresma, algo diferente acontecia, podia se ouvir um som como se estivesse batendo na bacia, pisando rapidamente, ai do nada o som parava.
Um detalhe que antigamente as casas tinham grandes janelas e portas de madeira o que permitia que o quarto fosse iluminado pela lua e utilizava-se bacia nos quartos para que as pessoas tomassem banho
Ai quando foi um dia, a moça entrou no quarto para tomar seu banho, ao ouvir novamente o som estrondoso, uma mulher que também morava na casa, esperou que o barulho cessasse...
Foi então que abriu a porta do quarto, quando olhou, a cabeça da mulher estava encostada na parede ao lado da bacia, sem sangue, enrolada em panos.
Ela retirava a sua própria cabeça!
Como? Ninguém sabe, mas se a cabeça estava solta, onde estava o corpo? Talvez a moça tem saído pela janela ou teria sido levada...
É muito estranho pensar nisso, ou se quer ter uma explicação logica que não beire a loucura, não se sabe se era algum magnetismo que manteria sua cabeça presa ou coisa do tipo, foi então que a mulher teve a ideia de enrolar a cabeça nesses mesmos panos que foram encontrados e a escondeu.
Uma criatura ficou envolta da casa a noite inteira, era possível ouvir barulhos estrondosos que se assemelhavam a cascos batendo na parede e porta de forma alternada.
A mulher ao ficar assustada, com medo de que a criatura a matasse, então abriu a janela novamente, pegou a cabeça e colocou no lugar onde havia a encontrado antes.
A moça se transformou, voltando para a forma humana novamente. Após sair do quarto a moça foi questionada pela mulher:
"Ah! Então você vira "mula sem cabeça" né?
Minha avó conta que a moça não conseguiu se transformar nunca mais e que talvez por alguém saber segredo isso teria quebrado algum encanto, ficando fadada a forma humana pelo resto da sua vida.
Supõe que quando a pessoa descobre, talvez ela tenha que ser morta, ela talvez não teia coragem de assassinar a testemunha.
Minha avó não quis revelar a identidade da moça, era algo que ela quis nos contar, mas que por algum motivo preservou..."
A lenda da Mula sem cabeça
A mula sem cabeça é uma lenda que faz parte do folclore brasileiro. Ela fala sobre mulheres amaldiçoadas que assumem a forma de uma mula com labaredas no lugar de sua cabeça, ferindo pessoas e animais por onde passa.
Mas o que muita gente não sabe é que essa lenda não é originalmente brasileira, sua origem surgiu na Península Ibérica, trazida para a América Latina durante a colonização portuguesa, provavelmente para reforças os valores morais da época, para impedir que mulheres tivesse relações sexuais antes do casamento.
A lenda é comum no Brasil, mas também é encontrada em outros países da América Latina como, conhecida como malora, no México, e mula anima, na Argentina. Possui outros nomes em países de idioma espanhol, como alma mula, mula sin cabeza, mujer mula.
Você tem um relato sobrenatural?
Mande-nos por correio eletrônico: garpagum@gmail.com ou via "direct" @garpagum no Instagram ou Twitter.
REFEÊNCIAS:
SILVA, Daniel Neves. Mula sem cabeça. Mundo Educação. Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/folclore/mulasemcabeca.htm>. Acesso em 20 Jun. 2021.
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