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Maria, uma pesquisadora culinária, começa a perceber mudanças sutis em sua realidade após a chegada de uma antiga colega de classe em seu escritório. O episódio aborda temas como percepção da realidade e manipulação psicológica, explorando o conceito do "efeito Mandela" e a manipulação da memória coletiva.
"Bête Noire" é um episódio com forte carga psicológica, que mistura suspense, ficção científica e terror psicológico. O título — expressão francesa que pode ser traduzida como "algo que se odeia ou teme profundamente" — já indica o clima opressivo da narrativa. O episódio se distancia do foco tecnológico explícito comum em Black Mirror e aposta em uma abordagem mais subjetiva e sensorial, semelhante ao episódio “Playtest” (T3E2) ou mesmo a filmes como Cisne Negro e O Enigma de Outro Mundo.
A sensação de dúvida crescente — vivida intensamente pela protagonista — é o motor da trama. O espectador acompanha a deterioração da percepção de Maria à medida que pequenas mudanças em sua rotina vão se acumulando: um sabor que deveria ser familiar se torna estranho, colegas que parecem agir de forma mecânica, e a presença enigmática de Sonja, que parece saber mais do que revela.
A possível explicação — de que Maria está sendo submetida a uma experiência neurosensorial sem seu consentimento — levanta questões éticas poderosas sobre consentimento, vigilância e manipulação da cognição humana.
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