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O Poço
Lançado em 2019 com duração de 1 hora e 34 minutos, é um filme de ficção científica e suspense espanhol que te joga direto em um universo distópico e perturbador. Dirigido por Galder Gaztelu-Urrutia, sendo uma crítica afiada à sociedade de classes, com uma premissa simples, o filme se passa em uma prisão vertical, onde os detentos são distribuídos em níveis. No topo, os privilegiados desfrutam de banquetes luxuosos, enquanto, nos níveis inferiores, a fome e a desesperança reinam. A cada dia, uma plataforma com comida desce do topo até o fundo do poço, mas só sobra migalhas para os de baixo. O protagonista, Goreng, acorda no nível 48 e precisa sobreviver enquanto tenta entender as regras desse sistema cruel e desumano. Junto com seu companheiro de cela, Trimagasi, ele embarca em uma jornada que desafia não apenas sua sobrevivência, mas também sua humanidade, numa experiência claustrofóbica, repleta de tensão, reviravoltas e uma boa dose de reflexão social.
O Protagonista:
Goreng, interpretado por Iván Massagué, é o coração do filme. Ele entra no poço voluntariamente, acreditando que sairá de lá mais forte e com um diploma. Sua ingenuidade e idealismo são postos à prova à medida que ele enfrenta a brutalidade do sistema. Já Trimagasi, vivido por Zorion Eguileor, é o contraponto cínico e pragmático, que já perdeu toda a esperança e segue as regras do jogo sem questionar. A dinâmica entre os dois é fascinante e carrega boa parte do filme.
A Crítica Social:
O filme é uma metáfora poderosa sobre a desigualdade social e a ganância humana. Cada nível do poço representa uma classe social, e a plataforma de comida simboliza os recursos limitados que são mal distribuídos. A mensagem é clara: enquanto os de cima desperdiçam, os de baixo lutam por migalhas. A obra questiona até onde iríamos para sobreviver e se é possível manter a empatia em um sistema tão desumano.
Destaco a originalidade da trama, com uma crítica social que ressoa profundamente. A direção de Galder Gaztelu-Urrutia é impecável, criando uma atmosfera claustrofóbica e tensa. As atuações são convincentes, especialmente Iván Massagué e Zorion Eguileor, que entregam performances intensas. O filme não tem medo de ser anti etico e perturbador, o que aumenta o impacto da narrativa.
O final é aberto e pode deixar algumas questões sem resposta, o que pode frustrar quem prefere conclusões fechadas.
E você já assistiu?
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